quinta-feira, 28 de junho de 2012

REINVENTANDO A SOLIDÃO

A próxima música que vamos comentar é “Reinventando a solidão”. Um som cheio de sentimentos que se misturam e que acabaram por materializar-se nesta canção.

Faz parte da história da “Sigma 7” fazer homenagens a pessoas que amamos e que se foram. No primeiro disco, “Quando você foi embora” foi composta para Seu Mário,Pai do Ted. Neste disco, “reinventando a solidão” foi composta inspirada em um momento de questionamentos que se fizeram presentes quando meu primo Jorge faleceu aos 27 anos vítima de um Câncer.

A melodia foi composta por mim, tendo o apoio do Ted na composição do Refrão. Entretanto a letra traz esse sentimento de perda de sentido, de alguém que parte, querendo partir, pois sabe que ao “virar a esquina” encontrará algo melhor. Procuro resgatar os sentimentos dos que ficam e na busca de uma esperança, sabem que só o tempo pode curar certas dores. Reinventar a solidão é fazer do simples ato de estar só, um momento de descoberta do seu próprio interior.

Esteja onde estiver ele sabe que esta canção é dele e enquanto isso nós continuamos reinventando a solidão.

Ao gravar essa canção, o Vini achou melhor que eu tocasse e cantasse ao mesmo tempo, por considerar o dedilhado da música com uma característica particular. Estávamos no Vini, para gravar a guia de algumas músicas, realizamos uma vez “reinventando a solidão” para ajustar os volumes e gravamos uma segunda vez realmente “valendo”, pois foi essa segunda gravação que entrou definitivamente no Cd, sem emendas.

Marcos Delfino

quinta-feira, 21 de junho de 2012

MISTÉRIOS

Após uma semana sem Computador, voltarei a contar as histórias relacionadas às músicas que compõem o disco “Uma Bala, Uma Chance”.

Seguindo na onda de “Vida Fácil”, a música “Mistérios” também foi composta nos mesmos dias em que ficamos na Praia de Torres, onde contamos com a participação especial do sempre criativo, Márcio Justo.

Márcio é Irmão do Ted e naqueles dias estávamos todos juntos, curtindo uma parceria, contando histórias, fazendo planos para o futuro e tudo o mais. Quando chegou o fim de um daqueles dias eu e o Ted fomos compor algo, devido a empolgação do resultado de “Vida Fácil”. Aqueles sons feitos na fita K7 ainda vinham como inspiração, porém existia um som ,meio nebuloso, que não conseguimos ver em uma música cantada em português.Márcio juntou-se a nós. Ficou observando e quando percebeu do se tratava o som, começou a entrar numas de “roteirista” de um filme de suspense e começamos todos a imaginar a situação de alguém que se sentisse perseguido, por vozes, pelo seu inconsciente, por seus medos e que no fim nada fosse revelado, sendo assim um mistério. A letra não tem alguém específico como inspiração, foi apenas uma situação criada por nós três e foi a maneira que encontramos para preencher aquela música que imaginávamos não ter condições de ter uma letra em português.

Quando ocorreram as gravações desta música, estávamos satisfeitos com o resultado, porém o Vini achava que deveriam ter vozes quando o Solo do Ted começasse. Junto no estúdio estavam todos da banda o Vini e a Aline,minha esposa, ele a recrutou para fazer essas vozes.Ela, sussurrando, diz coisas como: Medos, Torturas,Obsessões e etc.Foi o que faltava para deixar a música com um toque "violentamente" foda.

Marcos Delfino

quinta-feira, 7 de junho de 2012

VIDA FÁCIL



Dando continuidade as histórias sobre as músicas que compõem o Disco “UMA BALA, UMA CHANCE”, vamos falar sobre a música “Vida Fácil” que tem a participação mais que especial do nosso Mestre e amigo Jacques Maciel (Rosa Tattooada).

Após a composição de “Estrada”, eu e Ted começamos a compor novos sons, porém só a parte instrumental. Eu tocava Bateria e Ted, naturalmente, sua Gibson. Gravamos os sons em um rádio K7 e íamos experimentando gravações de diversos tipos. Neste período contamos com uma “forcinha” do acaso, casualmente eu e o Ted ficamos desempregados no mesmo período e tínhamos mais tempo para compor e trocar ideias sobre os rumos a tomar, no que dizia respeito às novas composições. Deixamos vários sons a ponto de bala, só colocar uma letra, organizar e criar a linha de voz.

Foi quando no verão de 2010, em Torres, começamos a escrever a letra de “Vida Fácil”. Estávamos em uma pousada enquanto nossas esposas e “mecenas” na época de desemprego foram dar uma volta no centro, que nós começamos os trabalhos. Já tínhamos a ideia pronta só faltava à letra, nossas gravações feitas em fita K7 nos davam um suporte, porém, ali não tínhamos um toca fitas. Ted reconstituiu o som no violão e fomos criando tudo, pensando naquele clima de diversão e de quão boa seria uma “vida fácil”, sem precisar trabalhar o dia inteiro, sem ser uma engrenagem dentro do sistema. Era apenas um desabafo, do que queríamos e queremos para nós mesmos. Sabemos que existem muitas pessoas que se identificam com esse clima que a música traz.

Com a música pronta, levamos ao resto da banda para irmos encaixando as peças. Ha muito tempo queríamos que o Jacques fizesse uma participação conosco, pela grande influência que ele representa para nós. Cada vez que tocávamos “Vida Fácil”, todos nós sabíamos que era nela que deveríamos convidar o Jacques para cantar. Feitos os contatos, realizamos as gravações com a participação dele, eu já havia gravado toda a música, faltava só a voz do Jacques. Ele foi fora do sério e gravou de maneira espontânea e solícita, coisas que só GRANDES seres humanos podem fazer.

A música “Vida Fácil” foi a primeira música da Sigma 7 a ser tocada na Ipanema FM e é uma das minhas preferidas desde a primeira vez que executamo-la.